Será que temos esse tempo pra perder?
A música do Lenine, de quem tomo emprestado o título desse artigo, refere-se ao tempo que “acelera e pede pressa”. Na verdade, não é o tempo, somos nós. Em vez de utilizar a tecnologia para a preservação ambiental e para o aumento da qualidade do nosso tempo de vida, segue-se apostando na insanidade. As novas tecnologias têm sido utilizadas para aprofundar o esgotamento dos recursos naturais e justificar, na voz de quem detém poder para instituir as “regras do jogo”, mais e mais exploração da força de trabalho.
A vida é tão rara, diz a música. Mesmo assim, construímos uma forma de convívio social pela qual é preciso passar a maior parte do tempo trabalhando em troca de salário, para poder viver fora do trabalho. A velha novidade é voltar a misturar o tempo de trabalho com o tempo e...